09/05/2010

Minha relação com a Maternidade!

Estão sentados? Então continuem porque lá vem história!

Dia das mães é todo dia, mas é sempre bom poder comemorar num dia específico mesmo que seja comercial e tal.
Durante muito tempo eu curtia a data como filha e de 3 anos pra cá passei a curtir como mãe, e olha não tem preço.
Minha relação com a maternidade foi construída ao longo do tempo. O pessoal que e conhece há tempos sabe que eu nunca quis ser mãe, não tinha pretensões com relação a isso, mas sempre achei magnífico quando alguma amiga ou pessoa próxima se tornava mãe.
Comecei a exercitar esse lado maternal quando nasceu João Guilherme, filho da minha cunhada. Como sempre fomos próximas, acompanhei a gravidez, estive no parto e muito junto durante o primeiro ano do bebê. Como eu acredito que nada acontece por acaso, eu acabei relaxando com a proteção e no final de 2006 eu tive a certeza que tinha engravidado. Uns dias depois, eu tava jantando como Marido e falei pra ele: Olha, eu acho que ano que vem a gente vai ter um bebê.
Ele ficou meio tenso e falou: Por que diz isso? Minha resposta foi, tive a sensação que no dia X a gente concebeu um bebê, mas vamos esperar.

Chegamos em 2007, janeiro, nada aconteceu. Comecei num emprego novo e como eu fazia muitas caminhadas, fui percebendo um emagrecimento progressivo. Um dia, na mesa de almoço, me senti mal e desmaiei no trabalho. Foi uma correria e tal, ai minha chefe me chamou de lado e falou: Mulher vai fazer um teste de gravidez! Obvio que eu disse, imagina, grávida não, é q minha pressão é baixa e tá calor pra caramba.

Chegou fevereiro, aniversário da minha mãe e a menstruação atrasada 2 dias e eu me sentindo estranha. Na festinha, eu fui experimentar uma roupa e quando me despi perto das mulheres da família, minha mãe e minha prima que é enfermeira obstetra na hora falaram: Você tá esquisita, tá grávida, vai fazer exame... Relutei até pq vinha o Carnaval e eu queria me acabar, ia viajar com Marido e tal...

Me ferrei, fui enjoada de casa até o destino final; não conseguia comer, só vomitava, cervejinha... nem pensar! Dormi horrores e ainda por cima fiquei enjoada da cara de uma moça que tava na casa. Na volta, trabalhando, outro desmaio, ai minha chefe falou: Se você não me aparecer aqui até 2ª feira com um Beta, tu ta ferrada!
Eis que eu fui fazer o exame que só ficava pronto em uma semana, caraca que demora! Quando eu recebi o resultado, foi uma sensação horrível. Um misto de aflição com medo, um filme passou na cabeça, pensei no emprego que tinha acabado de conquistar, das coisas que iria deixar de fazer, enfim, só vi a "parte chata da história".
Mas ai cheguei em casa e contei pro Marido que já sabia de tudo lógico, até porque eu tinha feito um teste de farmácia que deu positivo. Qdo falei com ele e com a minha mãe, foi uma felicidade geral. E eu com cara de tacho!
E assim foram os nove meses, os primeiros quatro, um terror, enjoos demais, desmaios, falta de apetite, emagrecimento, indisposições, um terror! Depois, como que por encanto, voltou a disposição, o apetite, a vontade de fazer um monte de coisas e ai a barriga cresceu mesmo e comecei a sentir meu bebe dentro de mim crescendo dia a dia. O ruim foi a ansiedade pra saber o sexo, eu só descobri com 8 meses na semana do chá de fraldas.

Não deixei de fazer nada estando grávida, ia a festas, dancei, passeei, enfim, não fiquei com restrições só porque eu carregava uma criancinha em mim. Tanto que faltando um mês pra nascer a Maria, eu fui madrinha de um casamento, com um barrigão imenso, dancei, comi, até me arrisquei a ficar acordada até mais tarde...

Eis que chegou o dia do parto, super tranquilo, sai da consulta médica de rotina direto pra maternidade. Maria Ísis nasceu super bem, no dia 09 de outubro de 2007, com 2,820 kg e 51 cm, de parto normal, eu não sofri quase nada (mentiraaaa) , fiquei ótima, e chegamos em casa 3 dias depois do nascimento porque tínhamos que realizar uns exames complementares por causa da toxoplasmose que eu tive durante a gestação.
Ali, naquele dia, eu descobri o verdadeiro amor; descobri que ela tinha sido feita pra mim, que se eu não tivesse deixado essa gravidez, jamais seria mãe. Meu bebê era ela. Minha vida dali pra frente era dela e estamos assim desde então.

Ela torna os meus dias mais completos, mais coloridos e cheios de vontade de continuar lutando para proteger, amar e cuidar dela. Sinto que tudo aconteceu na hora certa e que apesar de tudo, eu tenho sim, vocação para mãe, diferente do que eu e meus parentes e amigos achavam.

É isso!

Faço parte do rol das melhores mulheres do mundo;

Sou Veronica

MÃE DA MARIA ÍSIS!



Felicidades a todas as mães conhecidas, desconhecidas, negras, brancas, ricas, pobres, brasileiras, estrangeiras, mães de coração, simplesmente mães.
Porque como diz uma propaganda que tá passando na TV, Mãe é o feminino do Amor!

Beijos e feliz dia das mães pra todo mundo!

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Parabéns!

Beijocas

Anônimo disse...

Ser mãe é exatamente isso!
O impacto que sentimos ao ver o exame POSITIVO, é pelo simples agoísmo e medo de mudança, quem não tem né? Duvido que alguem descubra que tá grávida e não pense logo: vou passar noites acordadas, vou engordar, depois meu corpo não voltará ao que é agora, vou botar uma pessoa no mundo que vai depender de mim p/ resto da vida, e por aí vai...


Daí qd a barriga começa crescer e qd o bebezinho nasce, numa mágica inesplicável, tudo se torna mais bonito. E aquelas coisinhas que julgávamos tão importantes e que vieram junto com o exame positivo, agora não são mais. Pois temos um filho (a) e isso é incontestavelmente a melhor coisa do mundo.

Não vou nem citar os motivos, afinal, são simplesmente todos os motivos!!!!

Vê, vc é uma mãe exemplar, Deus te fez assim e mesmo vc não sabendo, Ele tinha planejado tudo isso p/ vc.
Por isso que já te disse tantas vezes, curta cada momento com sua filhota, pois passa tão rápido.

Beijo e parabens de novo por ser essa mãe que vc é!