29/12/2010

E lá se foi 2010!

Esse ano de 2010 foi uma caixa de surpresas. Novidades na vida profissional; novas amizades que vêm se mostrando verdadeiras e queridas; consolidação de sentimentos, coisas boas e boas e boas.

Eu vinha há tempos buscando a minha independência profisisonal após um longo período somente no papel (maravilhoso diga-se de passagem) de mãe, esposa e dona de casa; mas eu tenhoq ue dizer, foi muito dificil pra mim estar longe do meu trabalho, minhas atribuições e responsabilidades.

Eu comecei a mudança ainda lá em 2009, com a oportunidade na agência de viagens; eis que aos poucos fui realmente me acomodando com a situação e deixei meio que de lado a minha real profissião: EU SOU ASSISTENTE SOCIAL!

Num post que eu já contei am algum lugar por aqui rs, eu falo como foi esse meu retorno à minha profissão, minhas atribuições, meu lugar.

Independente da questão profissional vieram também realizações pessoais. Meu marido que há tempos vinha batalhando por "um lugar ao Sol", hoje conseguiu. Passamos a ter um pouco mais de estabilidade, um poder aquisitico maior que nos proporcionou coisas bacanas.

Voltei a me comunicar com amigos que já não via há um tempo; consolidei amizades, fiquei mais unida das minhas primas, enfim, tudo na mais perfeita paz e ordem.

A maior novidade de 2010 na minha opinião foi a minha manifestação em querer ser mãe novamente sabe-lá quando. COmecei a pensar, a organizar as idéias e vi que tenho vocação sim: pra mãe, esposa, trabalhadora, dona de casa, ou seja, multi mulher como tantas outras pelo mundão afora!

Pra fechar 2010 com chave de ouro, são as novas possbilidades de desbravamento, de conhecimento que eu gostaria de traduzir em miúdos, mas como não diz respeito somente a mim, resolvi guardar a língua no bocão e deixar pra 2011 quando eu já tiver certeza absoluta.

Resoluções pra 2011: SER FELIZ SEMPRE! Ah, quero comprar um carrinho tb rsrs...

Desejo a todos vocês um ano rico de propseridade, saúde, amor, paz e muita alegria e serenidade.

Happy New Year!

Beijos carinhosos,



PS: BEIJOS PRA DANI E PRA BETH CAROL. Sintam se beijadas cada uma a seu modo! Dani, pelas alegrias e grandes conquistas; Beth pela celebração de novos tempos pela força interior que ela tem! Obrigada "blogger" por essa oportunidade!

26/12/2010

Então foi o Natal...

Eu sempre tive uam concepção de Natal desde criançinha e quero continuar com ela e ensinar à minha filha e se Deus quiser passar aos meus netos.

Sempre festejamos o Natal com poucos presentes, mas dentro do verdadeiro espírito, celebrando o aniversário de Jesus Cristo.

Quando a minha avó materna era vivia, o ritual era o mesmo. Antes da meia noite nada se comia da ceia; faltando 10 minutos para a meia noite começavámos a rezar orações católiccas, entravamos pela meia noite juntamente com a Missa do Galo, só depois de pelos menos mais 10 minutos que estávamos liberados para a ceia.

Confesso que pra crianças isso era uma bela chatice, mortos de fome não podiamos dizer nadinha pq senão a matriarca ficava bravíssima.

Hoje em dia, não somos tão severos assim, mas rezamos juntos, celebramos em família e trocamos um pouco mais de presentes do que no passado; mas o presépio fica na mesa, assim como o pão e o vinho; corpo e sangue de Cristo na religão católica.

Eu pedi ao Nosso Senhor serenidade, força, mais fé e principalmente paz no coração dos homens e mulheres do mundo. Que esse esforço feito por Jesus seja cada vez mas compreendido seja lá qual for a religião das pessoas, mas que todos possam ter um pouco de seus gestos e palavras em seus corações.

Espero que Jesus tenha abençoado o Natal de todos vocês.

Amém!

19/12/2010

Aspirante a mãe de 2ª viagem.

Todo mundo que lê este humilde blog sabe da minha saga na maternidade. Pois é, eis que acabei me acostumando rsrs e curtindo tanto que venho sinceramente cogitando a idéia de ter mais um bebezinho em 2012. Ai você me pergunta: Como assim, nem entramos em 2011?

De fato, minha idéia é engravidar em 2011 para da a luz em 2012. Existem algumas mudanças para acontecer nesse ano que já nos bate à porta e de verdade, preciso começar a me adaptar e me reorganizar psicologicamente (o povo bem sabe que a cabeça aqui é tonta rs).

Eu tinha aquele pensamento quase que intrínseco de que não teria 1 filho. Me ferrei rsrs. Depois da imensa dor de parto, das noites mal dormidas, fraldas, cocôs, desfralde, desmame e blá blá blá eu falava a todo vapor: OUTRO FILHO NEM PENSAR!

Mas eu comecei a ver que não é bem assim, bate uma vontade sim de ter outro, de recomeçar, de dividir todo o amor que eu tenho pra dar.

Conversei com marido esses dias e ele me pediu pra segurar a onda (eu tive que concordar), precisamos resolver coisas práticas da nossa vida, voltar a ter uma vida mais intensa de casal (que com criança pequena fica dificil) e ai então, iniciar a pensamento.

Agora para 2011, só pensando num bebezinho e vivendo dia após dia frente às novidades que virão.

Beijos imensos a todos e volto antes do fim do ano pra fazer um balanço geral do meu 2010.

06/12/2010

Roberto e as várias formas de amar

Eu e Roberto nos conhecemos lá nos idos de 1991, tinhamos cerca de 10/11 anos e calhou de além de morarmos na mesma rua, cairmos na mesma turma.


Ele era engraçado, espirituoso, um verdadeiro "capeta" como diziam os mais velhos, mas aquela alegria contagiava quem chegasse por perto e comigo não foi diferente, tnato que viramos amigos quase que imediatamente.


Logo Roberto passou a frequentar a minha casa e eu a dele. Estava sempre no meu grupo de estudo, até porque ele odiava estudar, ai eu acabava ajudando. Descobrimos que nossos pais se conheciam de longa data, meu pai namorou a melhor amiga da mãe dele na juventude, o que facilitou ainda mais a consolidação da nossa amizade, ou será amor?


Sim, era amor o que sentiamos um pelo outro. Mas não era amor carnal não, mesmo o tempo passando, nos tornando adolescentes, nos amavámos na real pureza do sentimento. Nos defendíamos, brigavamos feito cão e gato e nos divertíamos muito.


A gente tinha uns códigos que só nós sabíamos. Só ele lia a minha agenda; só ele sabia das minhas dores de amor; só eu sabia que ele era apaixonado por ela mas tinha medo de se declarar e parece bobo frente aos meninos mais velhos, enfim, vivíamos um conto quase de fadas.


Até que um dia ELA chegou e começou a levar meu amigo pra longe. Começou meio que de brincadeira, mas dai o lance começou a ficar sério, ele não tinha mais tempo pra mim, pra família. Começou a fazer loucuras, vivia fora de si e não se concentrava mais. Repetiu o ano na escola e ai eu não podia mais estar perto dele pra proteger, mas ele estava lá, sempre com ELA.


Descobri que não podia com ELA e pedi a ele que se afastasse, ele me fez promessas, disse que nunca mais a veria, mas que era mais forte que ele. Até que chegou um dia que ELA começou a obrigá-lo a fazer coisas só pra te-lo mais perto. Entre as inúmeras besteiras, ele conseguiu perder a minha amizade fazendo uma grande bobagem.


Ali, naquele momento ele me trocou por ELA, A COCAÍNA! E tive a certeza que tinha perdido meu grande amigo para sempre. Ele tentou voltar a amizade, mas eu fiquei irredutível, além de magoada, tinha medo das suas atitudes a partir de então e resolvi que o melhor seria me afastar. Isso aconteceu um pouco antes do seu aniversário de 18 anos, que seria comemorado em maio.


Em julho de 1998, Roberto foi preso devido a um assalto a mão armada, como o lance ocorreu com alguém influente, a pena dele, réu primário, com residência fixa, 25 anos de regime fechado. Eis que então a partir daquele dia ele deixava de ser o "meu Beto" e passava a ter alcunha de bandido.


Lá ficou, por quase 10 anos, sabe-se lá de que jeito. Nesse tempo todo pensei nele sempre, quis escrever mas me policiei pq nossa história ficaria no passado, enterrada junto com as minhas lágrimas no dia da palhaçada que ele fez.


Até que em novembro de 2006, encontrei a mãe dele na rua e não resisti e perguntei por ele. Ela toda feliz, disse que ele sairia no inicio de dezembro e definitivo e que teria uma grande festa pra celebrar isso, pediu meu telefone e disse que gostaria da minha presença.


Cheguei em casa, contei pra minha mãe e achei que tava na hora de passar uma borracha e conversar, entender e perdoar.


Mais eis que no dia 06 de dezembro de 2006, recebi a noticia do falecimento dele na cadeia. Morreu de tuberculose, decorrente do HIV+, algo que a família nunca comentou oficialmente.


Chorei copiaosamente. Sentia umas das piores dores da vida. Só sentia remorso por não er dito o que eu quis, ter escrito o que devia, enfim, senti pelos anos que ELA tirou ele de mim.


No dia seguinte fui ao enterro. Chorei mais um monte abraçada a mãe e ao pai que pra mim eram e sempre serão tio e tia. Ela me agradeceu pela amiga-irmã que fui ao filho dela e me disse: Ele nunca esqueceu de você!


E assim foi!
Hoje, 4 anos depois da sua morte, chorei indo pro trabalho ouvindo a nossa música.


Pra mim e pra você RSTC ouvir seja lá onde você esteja.