04/04/2015

Tentando.

Eu sempre achei que fosse fácil ser forte, mas vou te falar uma coisa, é difícil pra cacete, ainda mais quando você foi doutrinada para a coisa, vendo sua mãe ser a fortaleza e nunca cair mesmo diante de um tsunami.

Eis que me encontro numa fase ruim. Deprimida. Pois é família brasileira, nunca pensei que um dia diria isso em alto e bom tom. Os motivos são inúmeros e não vou listar, mas de uma coisa eu tenho certeza: as pessoas não tratam as dores emocionais de uma maneira muito bacana não.

A quantidade de frases feitas que se ouve é tão grande que dá pra escrever um livro de auto ajuda. De verdade eu não venho buscar fama e nem reconhecimento, mais eu confesso que a pior solidão é aquelas em que pode estar o mundo aos seus pés e mesmo assim você quer pular.

Tenho tentado me animar, me organizar internamente, mas tá complicado, to morrendo de medo de explodir antes de começar a terapia, mas estou me controlando. 

Quando eu comecei a escrever esse post estava num processo dificultoso com o plano de saúde, só que desde o início da semana, consegui resolver. Achei uma profissional bacana, mais velha que eu (isso era algo que pra mim seria um ponto favorável) e principalmente percebi que ela vai me desafiar. Preciso disso.

Eu faço terapia ha muito tempo. Iniciei, me dei alta, depois voltei, o plano deu ruim, enfim... Várias idas e vindas e nunca um processo que se iniciasse e se findasse.

Acho que agora vai! Sinto que nunca estive tão confusa e tão bagunçada quanto agora, porém a sensação de que eu preciso me estabilizar, me manter no mínimo parcialmente equilibrada, não só trará benefícios a mim mesma, como para aquelas quem encerram e me querem bem.

Ah, e tem a questão espiritual também. Descobri ou percebi que buscar a nossa fé, seja em algo que acreditamos ou simplesmente admitir que não acreditamos em nada é fundamental para seguirmos adiante.

Então é isso: seguindo em frente, admitindo pontos de fraqueza e querendo me colocar frente a frente com o meu interior.

Beijos
Vê.