07/06/2015

Tears for Fears e os meus 15 anos.


Esse foi o primeiro cd que eu ganhei, numa era onde usávamos fita cassete. Ter aparelho de som com reprodutor de cd era chique por demais, tanto é que na minha casa, primeiro compramos o 3 em 1 (vitrola, cassete e radio), para depois, quando sobrou grana, chegar o famoso leitor/tocador de cd.

Eu tinha 15 anos quando meu pai me pediu pra escolher um presente bacana que eu jamais fosse esquecer... eu já curtia muito a banda de ouvir pela rádio Cidade, acho que meu primeiro contato com músicas da banda foi aos 10 anos de idade ouvindo um programa noturno chamado: Good Times 98. Eis que entramos nas lojas americanas de Madureira e ele estava la: lindo, brilhoso, reluzente. Ganhei!!! E tenho até hj, com quase 35 anos (pelo menos a capa pq o cd sumiu como que por encanto, mas vou achar, um dia, quem sabe).

As pessoas que me conhecem sabem o quanto eu amo música e como isso me é transformador e me renova. Ouço música porque to triste, porque to feliz, por tudo e por nada. Não tenho preferências tão acirradas, me permito ouvir algumas coisas foram do que eu geralmente ouço, mas Tears for Fears eu não consigo deixar de ouvir.

Me lembra da paixão pelo Luciano (vulgo Ferreirinha), das horas tentando achar na banca a Querida, Carícia ou a Capricho que viesse com letra e ainda dar a sorte de conseguir estar em casa na hora que o locutor dissesse que tal música ia tocar em tal posição, correr, pegar o cassete e conseguir gravar sem que a minha mãe entrasse no quarto falando e a voz dela saísse no fundo da gravação.

Tempos bons onde precisávamos nos esforçar para buscar formas de divertimento, onde os encontros de amigos eram regados a conversa fiada e música. Bem cantada, mal cantada, apenas ouvida, sentida.

Desse disco ai, minha preferida é Advice for the young thar heart - que por sinal hoje eu ouvi dentro do supermercado (motivo pelo qual me fez escrever). Eu cantei! Cantei mal, mas foi tão bom. No final me vieram lágrimas nos olhos e não foram pelas cebolas que eu manuseava não, mais pela felicidade de sentir, de lembrar, de poder ter vivido.

Obrigada Deus pelos meus 34 anos, pelas minhas vivências, experiências e pelo meu amor incondicional pela música. Thanks Tears for Fears, vocês contribuem até hoje pra isso!

Vê.

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